sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem tem responsabilidade sobre a educação?

Ontem recebí um email com um relato (não sei se é verdadeiro, mas certamente é possível) de uma professora que constantemente sofre agressões verbais e ameaças de mães que não aceitam as notas ou as broncas dadas pelas professoras em seus filhos. Vimos semana passada também um vídeo que rolou na internet sobre uma professora (e mãe) que incentivava sua filha a bater em outra aluna ("Chuta! Chuta!!!" ela gritava). Como isso pode acontecer? Como pode uma mãe dar este tipo de exemplo, usando a violência como forma de solucionar um problema? Como uma professora pode esquecer de sua responsabilidade de servir como exemplo, e incentivar uma atitude tão errada?

Parece que os valores de nossa sociedade estão perdidos. Sinto por nossas crianças, que não sabem mais onde buscar referências para sua formação. Quem devia ser modelo, cada vez se omite mais, se distancia da moral e esquece a diferença entre certo e errado. Que adultos serão formados neste contexto, no qual nem a escola nem a família constróem um ambiente saudável de formação moral para as crianças?

Diante desta temerosa realidade, me pergunto: como posso contribuir? Apesar de não ser mãe nem professora, convivo com crianças constantemente. Posso, portanto, ser um exemplo para estas crianças, tratá-las com respeito e educação e mostrar que vale a pena fazer a coisa certa, mesmo quando ela dá mais "trabalho". Posso conversar com os pais e professores que conheço, tentando lembrá-los de que a responsabilidade da educação das crianças é compartilhada entre a escola e a família, e que quando qualquer um dos elos se omite, a formação deste indivíduo fica muito prejudicada.

Claro que falar é mais fácil do que fazer. Mas quem disse que construir um mundo melhor seria fácil? Mas se cada um contribuir, o trabalho fica muito mais fácil!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

A UNESCO tem uma nova DG! E o que eu tenho a ver com isso?


O Conselho Executivo da UNESCO indicou hoje o nome da diplomata Bulgara Irina Bokova para ser a próxima Diretora Geral da UNESCO. Se confirmada sua indicação durante a Conferência Geral em Outubro (o que tradicionalmente acontece), ela será a primeira mulher a ocupar o cargo na história da UNESCO.

E o que eu tenho a ver com isso? TUDO!

Primeiro, porque ela tirou da jogada o controverso Ministro da Cultura Egípcio Faruk Hosni, que foi diversas vezes acusado de racismo e intolerância reliosa. A eleição dele para o cargo representaria um golpe muito forte em uma das instituições mais importantes na luta pelo fortalecimento da educação, cultura, democracia e paz entre os povos. A UNESCO tem papel essencial no fortalecimento de ações que impactam diretamente na formação de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura e das ciências. Sem este referencial, muitas coisas boas se perderiam.

Segundo, porque ela tem uma visão muito interessante a respeito do fortalecimento do papel da UNESCO no campo, fortalecendo sua ação de apoio aos Estados na consolidação das ações políticas consonantes com os valores trabalhados pela organização. Vale a pena ver a biografia desta nova autoridade: http://www.bokova.eu/.


Boa sorte, Sra. Bokova, e que a ONU, através de suas agências, continue sempre contribuindo para que se alcance, finalmente, a paz e a igualdade mundiais!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Como vou (2)

Olha aí, uma nova ação que corrobora o que discuti no post Como Vou?. O Greenpeace fez uma campanha de "multar" os motoristas que estavam sozinhos no carro, ou dirigindo veículos utilitários que utilizam combustíveis fósseis. Veja a matéria: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u625357.shtml.

E vem aí, no dia 22, o Dia Mundial Sem Carro. Eu vou aderir! Quem mais?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cultura de paz

Hoje, enquanto tomava meu café da manhã, tentei assistir ao noticiário. Em 10 minutos, tudo que ouvi foram relatos de violência e crime. Nenhuma boa notícia foi veiculada... É impressionante como a violência repercute negativamente em toda a sociedade!

Fiquei pensando naquela velha frase "violência gera violência". Dela já foi criada "gentileza gera gentileza", do Mestre Gentileza. E será que "paz gera paz"?

Creio que cada um pode dar pequenas contribuições para a construção de uma cultura de paz, que se contraponha aos milênios de cultura de guerra que temos vivido. Podemos começar utilizando mais frequentemente as palavrinhas mágicas "por favor, obrigado, com licença"... Além disso, podemos contribuir mais efetivamente através de doações de tempo, recursos (financeiros ou materiais) para instituições que realizem atividades que contribuam para a construção da paz (como a Palas Athena www.palasathena.org), ou outras inúmeras organizações que fazem trabalhos de grande valor junto aos jovens e crianças. Há tanto que pode ser feito, com tão pouco esforço!

Não estou eximindo o poder público de suas responsabilidades (diminuir a desigualdade social, melhorar a educação, fortalecer a economia), mas acredito que o esforço coletivo certamente gera ainda mais resultados. Temos também responsabilidades e não podemos fechar os olhos para isso!

Boa sorte para todos nós!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como vou?

Vou me inspirar em uma notícia que lí hoje para levantar um debate que há algum tempo está em foco, principalmente nas grandes cidades: o meio de transporte.

A notícia é a seguinte: A Google irá lançar em Outubro deste ano o Aptera 2e, um carro híbrido com capacidade para 2 pessoas (mais informações no site: http://www.aptera.com/).


Acho excelente a novidade, mais uma alternativa para quem precisa usar o carro diariamente. Espero que um dia todos os carros sejam não-poluentes!

No entanto, algumas questões surgem a partir desta nova solução apresentada: com valor inicial estimado em US$30.000,00, este carro não será acessível para uma grande parcela da nossa população, que dirige carros populares. Além disso, não temos previsão de produção do carro aqui no Brasil, e importá-lo o torna ainda mais caro. Então, o que podemos fazer enquanto esperamos um carro híbrido não-poluente chegar de forma mais barata e fácil ao Brasil?

Algumas sugestões são clássicas: ir a pé sempre que possível, utilizar meios de transporte público, usar a bicicleta como meio de transporte. Eu adoto as duas primeiras diariamente, e sou fã do metrô! Acho mais fácil do que pegar carro e ficar horas e horas no trânsito, respirando um ar que, às vezes, tenho a impressão que posso cortar à faca, de tão denso e poluído que está!

Além destas sugestões, gostaria de propor uma que, ao meu ver, ainda é pouquíssimo explorada no Brasil, e que poderia contribuir com a diminuição do número de veículos nas ruas: a carona solidária. Por questões de segurança, pegar carona com um estranho não é recomendável. Mas e se as empresas, ao contratar um novo funcionário, o informasse o nome de todos os colegas que moram na mesma região que ele, incentivando o compartilhamento do carro no deslocamento para o trabalho? Em algumas universidades vemos isso acontecer, mas muito mais devido à necessidade (a maioria dos universitário não possuem carro) do que por consciência do impacto de ir sozinho em um carro.

Não sei se é uma alternativa que poderá ser adotada por um grande número de pessoas. Mas, dentro da lógica de que, mesmo que pequena, qualquer contribuição é válida, acho que poderíamos buscar utilizar a carona solidária sempre que possível.

Enfim, seja a pé, de bicibleta, ônibus, metrô, carona ou carro híbrido, o importante é buscarmos alternativas ao modelo que vemos nas ruas hoje: 1 carro por pessoa. Seja criativo! Saia da rotina!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Começando...

Ontem tive uma "epifania"! Ou melhor, achei que tivesse tido uma! Resolvi criar um blog para compartilhar algumas idéias que tenho a respeito de como cada um de nós tem responsabilidade perante a sociedade como um todo. E como pequenas ações individuais podem impactar positivamente no mundo.

Qual foi minha surpresa ao ver que já existem VÁRIOS blogs com este mesmo propósito... Agora me parece claro, óbvio que não teria sido a primeira a pensar sobre isso. Mas ao invés de me desanimar, ao contrário, fiquei ainda mais entusiasmada a criar meu blog. Acho que as trocas de idéias sobre nossas contribuições para tornar esse mundo um lugar melhor não podem ser restritas somente porque alguém começou a fazer antes de mim. Ao contrário, devo contribuir com a discussão agregando novas idéias e pontos de vista.

Bom, então, esta é a proposta deste Blog. Criar um espaço para que possa compartilhar o que acho que podemos fazer para contribuir para que nosso mundo seja cada dia um lugar melhor. Não vou me restringir a uma área específica de ação. Vou falar sobre cidadania, meio ambiente, violência, direitos humanos, responsabilidade social corporativa, ou seja, toda a gama de ações para as quais podemos contribuir, nem que seja um pouquinho!

Se cada um fizer sua parte, certamente conseguiremos fazer a diferença! Eu acredito!