O princípio básico de um projeto é que ele necessariamente tem início, meio e fim. Quando começamos os estudos a respeito de gestão de projetos aprendemos que, em cada uma dessas etapas, há uma série de ações a serem cumpridas, sempre com o objetivo de se alcançar o resultado esperado ao final do projeto.
Mas quando se trata de projetos que visam o desenvolvimento social, implantados por órgãos públicos, será que esse princípio também se aplica? Claro que mesmo na esfera pública as coisas devem ter um fim, mas acho que a etapa final do projeto deveria ser se transformar em um programa de Estado. Assim, a vida do projeto teria 3 etapas: início, meio, e virar programa.
Acredito nisso porque tenho visto muitas iniciativas maravilhosas implantadas em municípios, alguns com nossa ajuda da UNESCO, outras por iniciativa dos gestores públicos mesmo. E acho que se pensamos que tais ações devem ter um fim, encurtamos a vida útil de algo que pode continuar beneficiando a população por muito mais tempo.
No atual momento político, quando chegamos ao fim de uma gestão e nos preparamos para o início de um novo governo, não seria importante que os projetos que deram certo se tornem programas de Estado e, portanto, não morram com o fim da gestão atual? A descontinuidade política traz muitos prejuízos à população, que poderiam ser reduzidos caso, ao iniciar um projeto, já se tivesse em mente o objetivo de torná-lo um programa.