Amo meu trabalho, sou uma daquelas poucas pessoas de sorte que realmente consegue fazer o que gosta. Ainda assim, tem dias que me irrito por ter que trabalhar no fim de semana, por não conseguir dormir pensando no trabalho do dia seguinte, ou por ser acordada na segunda-feira pela manhã com um telefonema-problema. Nesses momentos de irritação, me questiono: porque estou aqui em São Paulo, nessa vida louca mesmo?
Por que não largo tudo e vou morar na Bahia? Posso abrir uma pousada de charme e viver na praia! O velho sonho de morar onde todos tiram férias.
Só que, no mesmo segundo que tenho esse pensamento, outro me ocorre: mas será que vou ser feliz sem os show do Paul McCartney, sem os cinemas, os restaurantes maravilhosos, os cafés e as bagunças? Será que ter opção de fazer o que eu quero (mesmo que não o faça, por falta de tempo) é melhor do que fazer uma única coisa que quero para o resto da vida (e abrir mão de todas as outras)?
Ainda não sei o que é melhor... Quem sabe me decido nos próximos 30 anos... Enquanto isso, continuo trabalhando para tirar férias, como a maioria das pessoas.
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