quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O apagão e o clarear de idéias.

Faz tempo que não escrevo, eu sei. Sei também que esta é uma ferramenta de comunicação que somente tem utilidade se é atualizada constantemente, pois as pessoas somente voltam ao site algumas vezes, e se não tiver nada novo, param de visitar. Mas estava passando (e meio que ainda estou) por aquele processo de turbulência pessoal que comentei no meu post anterior. Apesar disso, minha cabeça não pára, e resolvi voltar a escrever.

Hoje estou pensando muito no reflexo deixado pelo apagão de ontem. Algumas coisas óbvias me vêm à cabeça: primeiramente, é impressionante como somos dependentes de eletricidade, como nossas vidas viram um caos sem a energia que alimenta todos nossos milhares de equipamentos eletrônicos... Além disso, me impressiona muito como há uma comoção geral por causa deste problema, que só aconteceu um dia, provavalmente por um fator isolado, e não refletirá em mais nada das nossas vidas. Enquanto isso, o "apagão educacional", o "apagão da informação e do conhecimento", o "apagão dos direitos humanos" acontecem diariamente, sem previsão de solução, e ninguém mais se comove!

Será que estamos mesmo tão cegos para os problemas alheios e somente nos mobilizamos quando somos atingidos diretamente pelo problema? Será que a violência, a miséria alheia e a falta de estrutura social no Brasil nunca serão vistos como problemas reais, concretos, e que devem ser tratados com ainda mais intensidade e comprometimento quanto o apagão de energia foi tratado?

Por quanto tempo mais continuaremos a ser egoistas? Se continuarmos assim, "que apague a luz o último que sair...".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Lidando com as adversidades - difícil tarefa diária.

Como é dificil lidar com as adversidades da vida... Por mais que tenhamos que, diariamente, enfrentar desafios diferentes, e abrir mão de muitas coisas, ainda temos muita dificuldade ao fazê-lo. É estranha a mania do ser humano de pensar que pode resolver tudo, que sua vida está sob controle, que colhe somente o que planta... A verdade é que, muitas vezes, colhemos coisas inesperadas, que não plantamos e, muitas vezes, não merecemos. Como lidar com isso? Ainda não sei...

Atualmente estou tendo que enfrentar uma grande mudança na minha vida. Mudança essa que não foi esperada, nem planejada, nem "plantada" por mim... Mas não tenho outra opção a não ser enfrentá-la. Tentarei tirar o melhor da situação que surgiu, o que não é sempre uma coisa fácil. Somos seres egocentricos por natureza, e não sabemos lidar bem com os "nãos" que nos são apresentados ao longo da vida. E relutamos, esperneamos e reclamamos a cada um deles. Mas é tudo em vão. O "não" vai acontecer constantemente na vida de qualquer indivíduo, e temos que lidar com ele. Simples assim.

Alguém tem uma sugestão de como fazer isso?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mais uma sobre coleta seletiva de lixo.

Ontem foi divulgada a informação do Ministério das Cidades a respeito do destino do lixo no país. Os dados são de 2007, mas mostram uma realidade ainda muito triste: somente 56,9% dos municípios do Brasil possuem coleta seletiva de lixo. O trabalho dos catadores de lixo é expressivo, mas ainda reciclamos menos de 1,5% do que seria possível reaproveitar.

Me pergunto porquê é tão difícil de se implementar ações de coleta seletiva de lixo no Brasil. 3 grupos estão (ou deveriam estar) diretamente envolvidos nesta ação: o governo, que é responsável pela coleta; o setor privado, que pode incentivar a coleta e utilizar material reciclado e reciclável na sua produção; e todos nós, que devemos separar o lixo e buscar consumir produtos que usem material reciclado ou reciclável. Basta cada um fazer a sua parte, que o problema deixaria de existir! Simples, não?

Às vezes sinto que estou sendo super repetitiva, por estar insistindo neste assunto. Mas quando vejo uma notícia como esta não posso deixar de comentar. Me impressiono muito ainda com estes dados! Será que sou a única que ainda se impressiona?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vamos participar do "Levante-se pela erradicação da pobreza"!

A ONU e Campanha do Milênio mobilizam pessoas em todo o mundo para que se levantem e façam sua parte pelo fim da pobreza, a partir desta sexta-feira, 16, e durante todo o final de semana.

A campanha Levante-se, Faça sua Parte e Acabe com a Pobreza (http://standagainstpoverty.org/pt-br) visa mobilizar a sociedade civil em atividades que mostrem aos governantes que não aceitamos mais a pobreza como ela está hoje. Os avanços de redução da pobreza em 2008 se mostraram inalterados, e temos que deixar claro que não aceitamos mais esta situação.

Quem for fazer alguma atividade, mobilização ou demonstração, pode acessar a página da campanha a partir de 16 de outubro para “levantar-se” virtualmente e integrar o que os organizadores esperam ser um novo recorde mundial.

Eu já comecei a contribuir colocando o banner da campanha neste Blog e vou divulgar ao máximo que puder! E quero fazer mais!!! Sugestões?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Desenvolvimento X Meio Ambiente

A Ministra Dilma Rousseff está querendo vetar um projeto de redução de 80% do desmatamento da Amazônia proposto pelo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. O impasse esbarra, como sempre, no combate desenvolvimento X meio ambiente. Mas será que estas duas metas são realmente antagônicas?

Sempre que observamos os países atualmente considerados desenvolvidos concluimos que o desenvolvimento foi alcançado às custas do meio ambiente. No entanto, não há nada que afirme que este é o único modelo de desenvolvimento possível. Estamos vivendo um momento único na história mundial, durante o qual estamos definindo como vamos viver durante os próximos séculos. Não seria o momento perfeito para mudarmos este padrão que existe até o momento, que dita a equação desenvolvimento=desmatamento?

Alguns me chamam de eterna otimista. Talvez seja realmente. Mas acredito que, se não fizermos um grande esforço agora para tentar mudar os padrões que predominam na produção econômica atualmente, dificilmente teremos outra oportunidade para fazê-lo.

Não podemos mais aceitar que ambientalistas sejam vistos como contrários ao desenvolvimento. Ao contrário! O importante é garantir que o desenvolvimento seja feito de uma maneira que possamos continuar usufruindo de seus benefícios por milhares de anos, não somente por mais um curto período de tempo (que é o que a Terra aguentará se o ritmo de desmatamento continuar como está).

O momento é agora. Por quanto tempo será que ainda vamos ver isso:

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A chuva e o lixo...


A chuva em São Paulo não pára, e as tempestades são cada vez mais fortes. E a cada nova tempestade, maiores os estragos causados pelos alagamentos.

Não quero entrar no debate sobre a responsabilidade da Prefeitura com a limpeza das ruas e a coleta de lixo. Acho que é consenso que a Prefeitura realmente precisa melhorar estes serviços, aumentando a frequência do recolhimento em várias regiões da cidade.
Mas, independente disto, como nós podemos fazer nossa parte para evitar que os rios transbordem, que os bueiros entupam e que as ruas virem verdadeiras corredeiras?

Coisas bem simples já fazem a diferença. O primeiro passo, na minha opinião, é o mais básico: jogar lixo no lixo. Enquanto ainda jogarmos lixo nas ruas (e vejo lixo em todas as ruas de São Paulo, independente da classe social dos moradores da região) estaremos contribuindo para o caos causado pelas chuvas. Outro ponto simples de fazer é usar sacos de lixo resistentes, que não se rompam espalhando o lixo pela rua. Observar o horário da coleta e buscar colocar o lixo na rua perto dessa hora também evita que a chuva espalhe o lixo que deveria ter sido coletado.

A separação e disposição correta dos materiais recicláveis, além de contribuir para o meio ambiente, evita que grandes quantidades de lixo fiquem na rua. Devemos, sempre que possível, levar o lixo reciclável para um lugar de coleta seletiva, ou buscar informações junto à Prefeitura a respeito do serviço de coleta porta-a-porta. Eles existe em grande parte da cidade, e temos que cobrar para que seja ampliado!

Vamos ver o que nos aguarda este ano. Chuva, aqui em São Paulo, é quase sempre sinônimo de caos. Espero que, com as contribuições individuais, possamos ver uma situação diferente este ano.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Uma praça, um exemplo!

Ainda me impressiono com como coisas simples podem fazer tanta diferença. Um bom exemplo disso é o Movimento Boa Praça (http://boapraca.ning.com). O que começou como um desejo de criança, se transformou em um exemplo de ação coletiva.

A idéia é tão simples, que nem pensamos em como pode dar certo! Para melhorar uma praça do bairro, não há nada melhor do que usá-la! Isso mesmo! Ao se mobilizar para usar a praça do bairro, os moradores transformaram um espaço que era sub-utilizado em um local de encontro e aproximação da comunidade.

Combinado com o multirão para utilização e melhoria da praça, com piqueniques e intervenções culturais, a comunidade se mobilizou e conseguiu que a sub-prefeitura reformasse o parquinho da praça, cujos brinquedos estavam sem uso devido à sua má-condição. E um ciclo virtuoso se formou: com brinquedos novos, muitas pessoas passaram a usar a praça, e a cuidar mais dela. Assim tudo fica mais cuidado!

Isso tudo me faz pensar que, na verdade, é tão fácil falar quanto fazer! Basta uma pessoa ter a iniciativa e se dispor a mobilizar os demais, que os resultados aparecem em menos tempo que o esperado!

Que mais exemplos como o do Movimento Boa Praça surjam sempre!


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem tem responsabilidade sobre a educação?

Ontem recebí um email com um relato (não sei se é verdadeiro, mas certamente é possível) de uma professora que constantemente sofre agressões verbais e ameaças de mães que não aceitam as notas ou as broncas dadas pelas professoras em seus filhos. Vimos semana passada também um vídeo que rolou na internet sobre uma professora (e mãe) que incentivava sua filha a bater em outra aluna ("Chuta! Chuta!!!" ela gritava). Como isso pode acontecer? Como pode uma mãe dar este tipo de exemplo, usando a violência como forma de solucionar um problema? Como uma professora pode esquecer de sua responsabilidade de servir como exemplo, e incentivar uma atitude tão errada?

Parece que os valores de nossa sociedade estão perdidos. Sinto por nossas crianças, que não sabem mais onde buscar referências para sua formação. Quem devia ser modelo, cada vez se omite mais, se distancia da moral e esquece a diferença entre certo e errado. Que adultos serão formados neste contexto, no qual nem a escola nem a família constróem um ambiente saudável de formação moral para as crianças?

Diante desta temerosa realidade, me pergunto: como posso contribuir? Apesar de não ser mãe nem professora, convivo com crianças constantemente. Posso, portanto, ser um exemplo para estas crianças, tratá-las com respeito e educação e mostrar que vale a pena fazer a coisa certa, mesmo quando ela dá mais "trabalho". Posso conversar com os pais e professores que conheço, tentando lembrá-los de que a responsabilidade da educação das crianças é compartilhada entre a escola e a família, e que quando qualquer um dos elos se omite, a formação deste indivíduo fica muito prejudicada.

Claro que falar é mais fácil do que fazer. Mas quem disse que construir um mundo melhor seria fácil? Mas se cada um contribuir, o trabalho fica muito mais fácil!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

A UNESCO tem uma nova DG! E o que eu tenho a ver com isso?


O Conselho Executivo da UNESCO indicou hoje o nome da diplomata Bulgara Irina Bokova para ser a próxima Diretora Geral da UNESCO. Se confirmada sua indicação durante a Conferência Geral em Outubro (o que tradicionalmente acontece), ela será a primeira mulher a ocupar o cargo na história da UNESCO.

E o que eu tenho a ver com isso? TUDO!

Primeiro, porque ela tirou da jogada o controverso Ministro da Cultura Egípcio Faruk Hosni, que foi diversas vezes acusado de racismo e intolerância reliosa. A eleição dele para o cargo representaria um golpe muito forte em uma das instituições mais importantes na luta pelo fortalecimento da educação, cultura, democracia e paz entre os povos. A UNESCO tem papel essencial no fortalecimento de ações que impactam diretamente na formação de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura e das ciências. Sem este referencial, muitas coisas boas se perderiam.

Segundo, porque ela tem uma visão muito interessante a respeito do fortalecimento do papel da UNESCO no campo, fortalecendo sua ação de apoio aos Estados na consolidação das ações políticas consonantes com os valores trabalhados pela organização. Vale a pena ver a biografia desta nova autoridade: http://www.bokova.eu/.


Boa sorte, Sra. Bokova, e que a ONU, através de suas agências, continue sempre contribuindo para que se alcance, finalmente, a paz e a igualdade mundiais!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Como vou (2)

Olha aí, uma nova ação que corrobora o que discuti no post Como Vou?. O Greenpeace fez uma campanha de "multar" os motoristas que estavam sozinhos no carro, ou dirigindo veículos utilitários que utilizam combustíveis fósseis. Veja a matéria: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u625357.shtml.

E vem aí, no dia 22, o Dia Mundial Sem Carro. Eu vou aderir! Quem mais?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cultura de paz

Hoje, enquanto tomava meu café da manhã, tentei assistir ao noticiário. Em 10 minutos, tudo que ouvi foram relatos de violência e crime. Nenhuma boa notícia foi veiculada... É impressionante como a violência repercute negativamente em toda a sociedade!

Fiquei pensando naquela velha frase "violência gera violência". Dela já foi criada "gentileza gera gentileza", do Mestre Gentileza. E será que "paz gera paz"?

Creio que cada um pode dar pequenas contribuições para a construção de uma cultura de paz, que se contraponha aos milênios de cultura de guerra que temos vivido. Podemos começar utilizando mais frequentemente as palavrinhas mágicas "por favor, obrigado, com licença"... Além disso, podemos contribuir mais efetivamente através de doações de tempo, recursos (financeiros ou materiais) para instituições que realizem atividades que contribuam para a construção da paz (como a Palas Athena www.palasathena.org), ou outras inúmeras organizações que fazem trabalhos de grande valor junto aos jovens e crianças. Há tanto que pode ser feito, com tão pouco esforço!

Não estou eximindo o poder público de suas responsabilidades (diminuir a desigualdade social, melhorar a educação, fortalecer a economia), mas acredito que o esforço coletivo certamente gera ainda mais resultados. Temos também responsabilidades e não podemos fechar os olhos para isso!

Boa sorte para todos nós!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como vou?

Vou me inspirar em uma notícia que lí hoje para levantar um debate que há algum tempo está em foco, principalmente nas grandes cidades: o meio de transporte.

A notícia é a seguinte: A Google irá lançar em Outubro deste ano o Aptera 2e, um carro híbrido com capacidade para 2 pessoas (mais informações no site: http://www.aptera.com/).


Acho excelente a novidade, mais uma alternativa para quem precisa usar o carro diariamente. Espero que um dia todos os carros sejam não-poluentes!

No entanto, algumas questões surgem a partir desta nova solução apresentada: com valor inicial estimado em US$30.000,00, este carro não será acessível para uma grande parcela da nossa população, que dirige carros populares. Além disso, não temos previsão de produção do carro aqui no Brasil, e importá-lo o torna ainda mais caro. Então, o que podemos fazer enquanto esperamos um carro híbrido não-poluente chegar de forma mais barata e fácil ao Brasil?

Algumas sugestões são clássicas: ir a pé sempre que possível, utilizar meios de transporte público, usar a bicicleta como meio de transporte. Eu adoto as duas primeiras diariamente, e sou fã do metrô! Acho mais fácil do que pegar carro e ficar horas e horas no trânsito, respirando um ar que, às vezes, tenho a impressão que posso cortar à faca, de tão denso e poluído que está!

Além destas sugestões, gostaria de propor uma que, ao meu ver, ainda é pouquíssimo explorada no Brasil, e que poderia contribuir com a diminuição do número de veículos nas ruas: a carona solidária. Por questões de segurança, pegar carona com um estranho não é recomendável. Mas e se as empresas, ao contratar um novo funcionário, o informasse o nome de todos os colegas que moram na mesma região que ele, incentivando o compartilhamento do carro no deslocamento para o trabalho? Em algumas universidades vemos isso acontecer, mas muito mais devido à necessidade (a maioria dos universitário não possuem carro) do que por consciência do impacto de ir sozinho em um carro.

Não sei se é uma alternativa que poderá ser adotada por um grande número de pessoas. Mas, dentro da lógica de que, mesmo que pequena, qualquer contribuição é válida, acho que poderíamos buscar utilizar a carona solidária sempre que possível.

Enfim, seja a pé, de bicibleta, ônibus, metrô, carona ou carro híbrido, o importante é buscarmos alternativas ao modelo que vemos nas ruas hoje: 1 carro por pessoa. Seja criativo! Saia da rotina!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Começando...

Ontem tive uma "epifania"! Ou melhor, achei que tivesse tido uma! Resolvi criar um blog para compartilhar algumas idéias que tenho a respeito de como cada um de nós tem responsabilidade perante a sociedade como um todo. E como pequenas ações individuais podem impactar positivamente no mundo.

Qual foi minha surpresa ao ver que já existem VÁRIOS blogs com este mesmo propósito... Agora me parece claro, óbvio que não teria sido a primeira a pensar sobre isso. Mas ao invés de me desanimar, ao contrário, fiquei ainda mais entusiasmada a criar meu blog. Acho que as trocas de idéias sobre nossas contribuições para tornar esse mundo um lugar melhor não podem ser restritas somente porque alguém começou a fazer antes de mim. Ao contrário, devo contribuir com a discussão agregando novas idéias e pontos de vista.

Bom, então, esta é a proposta deste Blog. Criar um espaço para que possa compartilhar o que acho que podemos fazer para contribuir para que nosso mundo seja cada dia um lugar melhor. Não vou me restringir a uma área específica de ação. Vou falar sobre cidadania, meio ambiente, violência, direitos humanos, responsabilidade social corporativa, ou seja, toda a gama de ações para as quais podemos contribuir, nem que seja um pouquinho!

Se cada um fizer sua parte, certamente conseguiremos fazer a diferença! Eu acredito!